domingo, 14 de outubro de 2012



                
               —Silêncio!
                Todos silenciaram-se.
                Era um lugar de aparência mística, aquele. Um piso de mármore cobria o cômodo, com altas paredes douradas. Alguns pilares enfeitavam o local, todos constituídos mármore branco. A beleza evidente do lugar vinha de majestosos vitrais, que refletiam a luz do sol, formando um arco-íris. No centro, doze tronos dispunham-se em “U”.
                Os dois mais centrais eram maiores. O primeiro feito de pedras preciosas e chamativas. Ao seu lado, um composto por algumas penas lindas e coloridas. Ao lado do mais importante, um trono todo feito de cores marítimas e pérolas. Ao seu lado, um rústico e temeroso, com espinhos em determinadas partes, que impediam muita aproximação de alguém. Em seu lado um brilhava com um tom dourado, reluzindo à claridade, embora ao seu lado um todo metálico quebrava a beleza. Por último, um simples e comum. Já do lado do trono repleto de penas, estava um todo feito por pequenos galhos entrelaçados, com sementes presas. Em seguida um constituído de desenhos antigos e pedras raras. O próximo trono era mais escuro, com certos detalhes brancos. Ao seu lado, um belo e chamativo, com tons róseos, seguido de um coberto de videiras.
                Onze pessoas jaziam sentadas em todos seus respectivos tronos. O dono do trono mais importante jazia em pé, e soltou um longo suspiro. Seu olhar era negativo e reprovador, como alguém que não se contentava com o que ocorria. Observou o olhar dos outros presentes, enfim pronunciando-se novamente:
                —Quem quer o dom da palavra? —questionou.
                —Senhor. —uma mulher levantou a mão.
                Ele fez um sinal para que prosseguisse.
                —Como vemos, Ethron está à beira de um verdadeiro apocalipse. —concluiu. —A travada guerra pode se reerguer.
                Bah, como se alguém não soubesse. —resmungou alguém.
                O líder soltou um grito de reprovação. Em seguida tornou a falar novamente:
                —A reestruturação titânica poderia ocorrer se ele fosse acordado. Correto?
                —As profecias conferem que apenas caso este desperte a paz restauraria. —mencionou a mesma mulher que havia levantado sua mão.
                —Malditos sejam. —praguejou alguma pessoa.
                —E quando aos treze mocinhos? —perguntou uma moça.
                —Nada bem. —respondeu ela. —Porém, se a situação apertar eles seriam os únicos capazes de virar a mesa.
                —Querem saber? —disse uma moça, que surpreendeu a todos já que nunca falava nada. —Estou cansada disso, afinal, nada impede que alguns mortais também nos ajudem.
                Outros protestaram, começando assim outra discussão, encerrando-se da mesma forma que elas começaram: com um grito:
                —Reunião encerrada.
                Todos se calaram e retiraram-se aos murmúrios, praguejando de onde quer que estejam. O futuro de Ethron seria tomado pelo caos, ou o destino poderia ser generoso com o continente? As misteriosas pessoas ainda não eram capazes de deduzir o que aconteceria para este continente. Estaria ele à beira do fim?

...
Era cerca de sete da manhã. O movimento em Carevite Town já era notável, se contássemos a proporcionalidade de habitantes da pequena cidade. O quarto em que os jovens jaziam estava todo escuro, apenas com alguns movimentos percebidos por alguém. Drake praguejou e olhou para a porta, que agora tinha uma fresta maior e alguém a abrindo. Sam estava em frente a ela, todo vestido.
                —Você vai encontrar a Layla, né? —perguntou ele, coçando os olhos.
                —Desculpe não passar certo tempo com vocês, mas eu… —disse ele com pesar.
                —Ei cara, fica tranquilo. —acalmou Drake, se levantando e tocando o ombro do amigo. —Ela é gente boa, e sinto que pelo menos uma amizade boa formou-se entre vocês.
                Pela escuridão não era possível ver, mas Drake tinha certeza que o amigo revelou um sorriso.
                —Obrigado Drake, ela é simplesmente… Incrível! —confessou ele. — Ela é muito inteligente, é como uma professora que consegue fazer com que eu entenda tudo perfeitamente.
                —Eu sei cara, mas cuidado que a Lilly vai ficar bolada, e isso sempre resulta em merda. —brincou ele.
                —Não estrague minha manhã. —resmungou ele, com um sinal de reprovação.
                Não havia passado mais de dez minutos desde que Drake deitara-se novamente, que a avó de Sarah adentrou o quarto e começou a chamar pelos garotos:
                —Vamos acordar, crianças! Para um bom dia, precisamos acordar cedo! —dizia ela, contente.
                —Poxa tia, preciso das minhas doze horas de sono. —resmungou Drake.
                —Que nada, na minha infância a gente acordava cedo para trabalhar. —comentou ela. —Estamos acordados desde as cinco da manhã!
                Os pais de Sarah haviam saído para trabalhar em seus ofícios na cidade, enquanto que os avós cuidavam da casa. Finalmente eram capazes de aproveitar desta vez o ar puro e a ruralidade de Carevite Town. Ao se trocarem e irem para a cozinha tomar café da manhã se depararam com uma mesa repleta de coisas. Pães de todo tipo, berries, doces, sucos e tudo que se podia imaginar. Tudo para a refeição mais importante do dia.
                —Cadê aquele menino magrinho de óculos? —perguntou a senhora Lawson.
                —Ele saiu. —disse simplesmente Drake. —Tem coisas a resolver.
                —Aposto que ele foi encontrar aquela ruiva infeliz! —reclamou Lilly.
                —Relaxa, Lilly. —acalmou Drake.
                —Eu não consigo relaxar! —gritou ela. —Não dá pra tirar isso da cabeça!
                —Ahh menina, então vou lhe ajudar! —disse a senhora. —Vamos trabalhar como sempre fazemos aqui nas cidades menores, e quero ver como vocês, que acham que treinar Pokémons é difícil irão lidar.
                Os dois se entreolharam. Sabiam que a família de Sarah tinha uma fazenda, mas não sabiam se ela se referia a isso. Mas antes que pensassem em outra coisa a senhora lhes interrompeu os pensamentos:
                —Bom, agora vamos comer que o dia vai ser longo!
                Enquanto isso Sam procurava algum canto afastado, onde sabia que encontraria sua nova amiga. Em meio a algumas árvores, estava uma garota ruiva, tentando não chamar a atenção, reprimida em sua posição. Ela olhou para Sam e liberou um pequeno sorriso, que fora retribuído.
                —Bom dia, Sam. —cumprimentou ela.
                —Oi segundo L. —brincou o jovem.
                —Seu bobo, não é para ficar espalhando. —riu Layla.
                —Desculpa, mas eu não consigo! —disse ele contente. —Como uma garota pode driblar mentes criminosas e ainda detetives especialistas?
                Ela pareceu não ficar muito animada para responder.
                —Sei que é contra a lei, mas consegui burlar o sistema para conhecer mais sobre quem estamos enfrentando. —disse a ruiva.
                —Eu ficaria muito contente em ouvir.
                A moça pegou um Laptop, e começou a digitar várias coisas, que surpreendeu Sam. Ela realmente teria que ser um gênio para ser capaz de se infiltrar e hackear os computadores da polícia de Ethron. Sam surpreendia-se cada vez mais com aquela menina, que sempre tinha algo de novo para compartilhar.
                —Consegui me infiltrar no sistema e obter um interrogatório que fizeram ontem com o marido da dona da facção. —informou Layla.
                Ela passou todos os dados que havia conseguido extrair, conseguindo detalhes de tudo que ocorreu durante a manhã anterior. Sam surpreendia-se com cada coisa que descobria, pois já havia tido o desprazer de ficar frente a frente com Lady Dark, a dona da facção, que da última vez quase os matou por um descuido do Detetive L.
                —Certo. —concluiu Sam. —Então eles tinham uma filha, e ela foi morta por um policial.
                —Exato. —respondeu ela. —Consegui fazer minhas pesquisas e descobri algo muito importante.
                —O que seria? —questionou ele.
                —Bem, a filha deles, Vallerie Dark, estava junto de uma garota chamada Nathally Richwood. —disse Layla. —Ambas estavam localizadas em Aurora City, dentro do clube de batalhas. Não há nenhuma explicação do por que elas estariam lá, mas alguns chutam que estaria lá para roubar o clube.
                —Prossiga. —disse ele interessado.
                —Elas chegaram a ser descobertas, e como ameaça, Nathally sacou um canivete e feriu quem as localizou. E fugiram. Alguns policiais as perseguiram, e conseguiram lançar dois tiros no motorista do carro em que as duas moças tentavam escapar. Pararam em um prédio, e quando chegaram lá, Vallerie estava morta, com um tiro na cabeça.
                —Que esquisito. —mencionou Sam. —Tem alguma peça faltando neste quebra-cabeça. Se ele baleou quem dirigia na cabeça, esta pessoa deveria já ter sido morta. Não teria conseguido dirigir até chegar ao prédio, para só então morrer.
                —É exatamente esta a questão que não consigo decifrar. Não faz sentido, e até o que parece estava nos braços da mãe quando morreu. —acrescentou ela. —Até então não sabiam que ela era a líder da facção, ou ela não havia a criado.
                —Que coisa. Tudo isso seria um bom mistério, mas você sabe que estaria em perigo se descobrissem sua suspeita? —perguntou desconfiado.
                —Sim, mas acredito que por algum tempo consigo driblar este sistema. —disse ela sem muito ânimo. —Mas, por favor... Não conte para a polícia que eu sou o segundo L.
                —Tudo bem, se este é seu desejo. —assentiu. —Mas saiba que você é um incrível detetive.
                —Obrigada. —agradeceu ela, tímida.
...
                Por falar em suspeitas, o trabalho do dia para Drake e Lilly seria trabalhar na fazenda da família de Sarah. A avó lhes entregou roupas que poderiam ser mais apropriadas para trabalho braçal. Ambos ainda achavam que seria um simples dia, mas mal sabiam que algumas surpresas poderiam surgir pela frente.
—E então... Por onde começamos? —perguntou Drake.
                —Vamos alimentar todos os animais, uai. —disse a senhora. —Começando pelos no curral.
                Os pais de Sarah também estavam lá. A entrada da fazenda era acolhedora, e já vinha um ar de flores e frutas. Uma diversidade de plantas podia ser vista, e agora seria uma experiência diferente para Drake e Lilly. Seria tudo o que eles veem nas rotas, mas agora concentrado em um só lugar.
                 Aproximaram-se do curral e pegaram a ração ideal para os cavalos. Tratava-se de grandiosos Rapidash em companhia de pequenos Ponytas que ainda aprendiam a trotar. Era comum ver Pokémons selvagens, mas o porte de tais criaturas chegava a surpreender os jovens. Entrar naquele curral parecia arriscado, com Pokémons tão saudáveis assim, mas a avó de Sarah garantia que nada de mal aconteceria.
                —Nossa. A gente vê esses Pokémons pela TV e acha simples, mas eles são tão diferentes na vida real... —comentou Drake.
                —Dá até um pouco de medo de tocar neles. —concordou Lilly.
                O garoto de cabelos azuis acariciou o focinho de um deles. O Pokémon relinchou, assustando-o, mas tratava-se de apenas uma forma de demonstrar que adorara a carícia. A senhora Lawson na companhia de seu marido saíram do ambiente:

                —Vamos, meninada. —chamou ela. —Ainda tem bastante trabalho.
                Agora os quatro partiam para um local de ordenha de vacas. Várias Miltanks dormiam tranquilas, ou então aproveitavam o dia ensolarado que fazia. O avô demonstrou como se ordenha aquelas criaturas, tomando todo o cuidado para não as incomodar, assim como não as machucar.
                —Vish. Conheço umas amigas que deviam ter vaga garantida aí. —brincou Drake.
                —Espero que não seja uma indireta. —disse Lilly, carrancuda.
                —Não querem ajudar a ordenhar? —perguntou o senhor.
                —Eu acho que passo. —disse Drake.
                —Então ajudem a levar estes baldes. —pediu a avó.
                Drake experimentou um gole do líquido. Era delicioso, muito diferente de como chegava às casas das pessoas na cidade. Tinha um sabor próprio, saudável, com suas próprias vitaminas. Após alguns goles sentiu como se fosse capaz de mover um trem.
                —Que delícia! —exclamou ele.
                —Drake, vá ajudar o meu marido com a manada, enquanto que eu e a Lilly colhemos o pomar. —pediu a senhora Lawson.
                —Não gostei da palavra manada. —indagou Drake.
                O senhor dirigiu Drake para uma posição oposta das mulheres. Ambas seguiram até uma verdadeira floresta de árvores frutíferas. Havia muitas berries espalhadas pelo lugar, todas das mais diversas cores e formatos. Até mesmo Lilly se surpreendeu com a variedade das belas frutas.
                —Nossa, que diversidade de berries. —comentou Lilly.
                —Esta estação é a ideal para o crescimento das berries, e elas são ótimas aliadas dos treinadores. —comentou a velha.
                —Nunca dei bola para essas frutinhas, mas elas parecem ter algum valor especial. —concordou ela.
                —Claro que sim. Nunca esqueça-se do potencial delas.
                —Posso provar alguma? —perguntou ela.
                —Claro, querida. —sorriu ela. —Fique à vontade.
                Comer frutas sempre é uma coisa agradável, mas nada se compara a comer própria do pé. A sensação de não ter agrotóxicos nem nada que forçasse-a a ser melhor ou maior. Tinha um sabor único, assim como o leite de Miltank. Pela primeira vez podiam experimentar tudo naturalmente.
                —É muito boa. —admitiu Lilly.
                Não muito longe dali, jaziam Drake e o avô de Sarah. Em um cercado poderoso, com uma rede de arame estava uma manada de Tauros. Eram simplesmente muito maiores que se vistos em outras mídias, mas a experiência de vê-los frente a frente era muito diferente, pelo tamanho e força que demonstravam com uma simples bufada.
                —Olha só esse cara. —disse Drake encarando um touro. —Eles são assustadores.
                —Os Pokémons tem mais medo dos humanos que nós deles, pequeno. —comentou o senhor adentrando o lugar para alimentar os Pokémons.
                —Sério? Como o senhor sabe?
                —Não é difícil deduzir. Hoje em dia são explorados, mortos para servirem de comida, e muitos capturados. —disse ele, triste. —Eu não me consideraria sortudo ao encontrar um humano se fosse um Pokémon.
                —Faz sentido. —assentiu ele. —Mas eles são medonhos mesmo assim.
                E assim a manhã continuou passando. Em um momento de descanso, foram para um belo lago nas proximidades. Era tranquilo e agradável. Diversas espécies de Pokémons mantidos pelos responsáveis da cidade jaziam naquela área, sendo até mesmo raros Swanna ou simples Magikarps.
                —Que bela paisagem. —comentou Lilly. —Esse lago é lindo.
                —Crianças, hora do almoço. —convidou a avó de Sarah.
                Sam não havia retornado ainda. Muito provavelmente havia encontrado um assunto realmente importante para debater com Layla. A mesa novamente estava cheia de comidas, sucos, doces… Uma verdadeira refeição de primeira, com comida saudável e energética. Lilly e Drake comeram a comida caseira com gosto, como há muito tempo não podiam.
                —Fiquem a vontade para fazer o que quiserem por ora, depois prosseguimos com o trabalho. —disse a senhora, contente.
                Os dois jovens saíram da casa, de barriga cheia. Decidiram por prosseguir aquele dia sem treinar, apenas aproveitando do melhor da tranquilidade de Carevite Town. Um caminhão de lixo passava naquele momento, uma das poucas máquinas que passam por Carevite. Uma caixa caiu do automóvel, chamando a atenção dos dois.
                Drake pegou o objeto e o fitou, tentando chamar o motorista do caminhão ou algum dos responsáveis por recolher o lixo, mas não foi ouvido. Soprou a poeira da caixa e notou algo que chamou a atenção. Um conjunto de peças jogadas, alguns parafusos, porcas e derivados caídos. Mas a embalagem carregava um logotipo característico.
—Eu não acredito nisso! —disse Drake sem ar.
                —O que é? —perguntou a treinadora.
                —Vai me dizer que não sabe o que é isto. —indagou ele, esfregando a caixa no rosto da colega.
                —Parece uma máquina. —concluiu.
                —Ava. —resmungou ele. —E não é uma máquina. É A máquina.
                —Toda empoeirada e suja. —acrescentou ela.
                —É um Rhithwir, um Pokémon robótico. —explicou ela. —São caríssimos, não sei por que alguém jogou um no lixo.
                —Caros significa…
                —O preço de um Porygon. —respondeu ele, fazendo a ter calafrios. —Foi criado por uma empresa rival da Silph Co., a LuapNevets Co. sediada em Stylshon City.
                —Meus Deuses, ele está todo enferrujado, feioso e…
                —Para de botar defeito, sua chata. —reclamou ele, notando que após vários pontos positivos ditos ela ainda praguejava. —É um dos carinhas mais fodas do mundo, faz tudo que um Pokémon normal faz e melhor.
                —Aham. —disse ela desconfiada.
                Sem mais, Lilly decidiu se retirar, notando então que Drake juntava as coisas caídas e colocava tudo dentro da caixa. A menina o chacoalhou:
                —Você não tá pensando em levar, está?
                —Ué, por que não? —questionou ele.
                Ela levantou uma sobrancelha.
                —É de outra pessoa. E se o troço é caro, então é pior que roubo. —concluiu a menina.
                —Lixo é propriedade pública. —corrigiu o garoto de cabelos azuis.
                —Mas se estava lá é porque está sem utilidade. Ou quebrado. —lembrou ela.
                —Nada que alguns consertos não resolvam. —observou.
                —Você é louco. —disse. —Máquinas não ganham dos reais.
                —Bom, os reais tem sentimentos, sentem-se intimidados e tudo mais. —mencionou ele como se fosse algo ruim— As máquinas não. Elas têm um objetivo: Ganhar a batalha, e acabou.
                —Faz o que você quiser. —concluiu ela, indiferente.
...
                Sam e Layla prosseguiam a procurar conhecer mais sobre o Team Dark. Era a união perfeita. Inteligência e experiência, caminhando juntos, após um trajeto sinuoso. Talvez Layla ou Sam não fossem capazes de serem bons detetives sozinhos, mas juntos poderiam ser melhor que L. Se o futuro lhes fosse generoso, melhores até que Jefferson.
                —Às vezes eu penso se fiz o caminho certo. —disse Layla.
                —Como assim?
                Layla soluçou por um instante. Era proximidade demais para com alguma outra pessoa.
                —Em arriscar tudo assim. Se nem a polícia foi capaz de vencê-los, que chances eu tenho? —perguntou a menina.
                —Você é especial, Layla. —concluiu Sam. —E o caminho que está trilhando é completamente próspero. Você está ajudando Ethron, já pensou desta forma?
                —Mas quantas coisas eu estou perdendo com isso, Sam? —questionou ela. —Nunca fui a pessoa mais popular, e sequer fui capaz de ter uma conversa saudável com alguém. Sempre a esquisita, a incompreendida. E finalmente quando consigo ser alguém, ainda que por trás de uma figura… Jogo em risco minha vida.
                —Você não correria perigo se revelasse quem é para as autoridades. —explicou.
                Ela sorriu, mas com um sorriso de incompreensão. Ela não seria capaz de se expressar tão facilmente. O vento bateu em seus cabelos ruivos, fazendo-os acompanhar a brisa momentânea. Seus olhos cinzentos apenas encaravam o rival, como se o silêncio mais lhes fizesse bem que uma falação.
                —Cada um tem o seu passado fechado em si, tal como um livro que se conhece de cor, livro de que os amigos apenas levam o título. —disse a garota. —Assim como cada página escrita não pode ser mudada.
                —A vida realmente é um livro, mas cada dia é uma página em branco, onde você pode escrever o que quiser. —respondeu ele.
                —Ninguém pode mudar seu passado. —lembrou Layla.
                —Não, mas o futuro pode ser mudado. —comentou Sam. —Você vai para Stylshon City, certo?
                A ruiva assentiu.
                —Porque nós também vamos. Faça-nos um favor, e venha conosco. —pediu ele.
                —Mas a Lilly odiaria minha presença.
                —Somos três, e tenho certeza que Drake adoraria sua companhia. Se minha amiga não gostar, infelizmente nada posso fazer.
                Sam ainda se lembrava da festa no cruzeiro Island Star, e como ela havia demonstrado certos sentimentos para com Derek. Se ela apenas aceitasse Sam como amigo, não haveria problemas para Layla, mas se quisesse algo mais teria de repensar seus próximos atos, para não acabar colocando seus amigos em mais sentimentos confusos e constrangedores.
                —Será de grande ajuda. —garantiu Sam.
                Layla concordou, e ambos se retiraram do lugar. Logo já escurecia, e após um longo dia deveriam descansar. Lilly e Drake estavam exaustos pelo trabalho na fazenda Lawson, e o dia seguinte poderia lhes conferir diversas emoções. Assim como Layla e Sam concordavam, o futuro era imprevisível.

4 comentários:

Darkeray disse...

haos voce preteder fazer um especial do drake mostrando o passado dele na cidade Snowpoint City. o cap tava otimo bom feriadao

Luka disse...

voce podia mostrar uma imagem desse pokemon

CanasOminous disse...

Diga ae, Haos! Poxa, já fazia um tempão que eu não aparecia por aqui, eu já estava começando a sentir saudades! kkkk Antes de mais nada cara, quero lhe dar um conselho. Sou do tipo que lê as notas antes, e não me importo nem um pouco com o aviso de spoilers onde quer que ele esteja, eu verei as notas primeiro, kkkk acho que isso para mim a foma de entender como estava a mente do autor no momento em que ele terminou o capítulo, e com essas poucas palavras podemos descobrir um bocado de coisas. O problema em si está no fato de que você próprio considerou seu capítulo "meio sem objetivo" e em conjunto com a palavra proibida: Filler. Cara, isso foi o suficiente para matar as minhas expectativas e demorar o tempo que demorei para ler. Digo isso porque muitos leitores procuram ler as notas antes e quando se deparam com algo assim parece que o próprio escritor não gostou do que fez. Isso foi algo que aprendi no Nyah, eu tinha a péssima mania de falar em todas as notas inicias: Esse capítulo não foi tão bom quanto o outro, mas dá para o gasto. E então, um leitor me alertou que mensagens assim fazem os próprios leitores lerem o texto com olhos ruins, de algo fraco e sem muita importância. Somos nós quem montamos a repercussão do nosso capítulo cara, eu gostei bastante desse e eu com certeza teria lido muito antes se soubesse o assunto que ele tratava, portanto tome cuidado com essa primeira impressão que você deixa, e lembre-se, para fazer algo parecer épico basta VOCÊ deixá-lo épico! ;)

Bem, agora podemos voltar ao capítulo em si! Foi muito legal mesmo cara, logo na primeira cena fiquei perdido em meus pensamentos imaginando o que poderia ser, e a primeira ideia que me veio em mente foi uma reunião de Pokémons Lendários. Eu não cheguei a essa conclusão até o finzinho, mas quando vi a cena da moça senti como se ela própria fosse um daqueles Pokémons, mas posso estar errado, são apenas hipóteses e aguardarei ansioso o resultado de tudo isso!

A Layla me parece um robô cara. Eu gosto de mulheres de cabelo curto, mas ela é tão inteligente que eu não conseguiria gostar de alguém assim, chego a me sentir inferior kkkkk Ser burrinha tem seus charmes, e é por conta disso que eu ainda continuo e creio que continuarei preferindo o Sam com a Lilly, mas pressinto que com uma companheira de viagem assim não vai rolar coisa boa, quem sairá dessa como a "vilã" da jogada? Foram conversas bem agradáveis e a estadia na fazenda me rendeu boas risadas, eu também em uma curiosidade imensa para descobrir como você preparou a aparência desse Pokémon, afinal, essas máquinas sempre conseguem ser épicas, e tenho certeza que você conseguiu um excelente resultado! Olha só, encontramos um rival para a Wiki, olha que vou querer um Pokémon à altura dela, e quem sabe não rola uns fanarts nesse mio kkkkk Por fim, não diga que foi um capítulo meio sem objetivo, pois eu gostei muito, e são momentos pequenos assim que cada vez mais nos aproximam dos personagens. São como companheiros que conhecemos há pouco, precisamos estar constantemente mantendo contato para que a amizade cresça cada vez mais! Ciao!

Haos Cyndaquil disse...

Opa opa, estou de volta, e peço desculpas pela demora!

Darkeray- É exatamente isso, cara, pretendo montar um especial mostrando o passado do Drake em Snowpoint. Pelas minhas previsões, será um dos melhores especiais aqui de Ethron, espero que vocês gostem (:

Luka- Opa cara, qual Pokémon? kkkkkkk Se você se refere ao ovo, eu vou mostrar as imagens deles nos Trainer Cards (que estarão atualizados em cerca de uma semana) (:

Canas- Hey cara! Agradeço pela dica, eu particularmente tinha me decepcionado um pouco com o capítulo, mas isso acabou com a credibilidade para quem lê a fic, no final das contas. Pode deixar que estarei trazendo em breve capítulos bem épicos que não vou poder dizer que eu não curti kkkkkkk

E é exatamente isso, man, a Layla é inteligente demais, chega até a parecer um robô mesmo. Kkkk Deus me livre namorar alguém com quem eu me sinta menosprezado, prefiro a Lilly nesses casos! Mas é importante para o enredo, então vamos ter que aguentar um pouco. Ahh e falando em robô, infelizmente não vou poder trazer uma concorrente para a Wiki, hein... Quando o personagem aparecer vou poder explicar melhor o que este representa, mas adianto que é um computador em forma de Pokémon. Sem personalidade, sem momentos épicos. É praticamente uma máquina com defeito, mas é isso que o fará tão engraçado nos capítulos de YRT. Quando chegar vocês irão entender kkkkk Vou indo nessa cara, sorry pela demora. Abraços õ/

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