domingo, 28 de abril de 2013


               

 Lilly subia apressadamente as escadas da torre principal do aeroporto. Aparentemente, em um dos últimos andares ficava o campo de batalha, e de tanto esperar estava enlouquecendo. Queria ganhar logo a insígnia, pois ninguém mais aguentava ficar naquela cidade.
                Seus amigos a seguiam. Pareciam satisfeitos com a animação da companheira. A última batalha de ginásio de Lilly havia sido semanas atrás, e apesar da vitória, a mesma não possuía tantas habilidades. Pouco tempo depois passou a se empenhar, com a ajuda de Sam, e almejava conquistar a batalha sem dificuldades.
                Chegaram a uma área extensa, que mais parecia uma garagem em tamanho ampliado. A menina não parecia tão contente, e correu por todos os lados, à procura de um líder disposto a enfrentá-la, mas não viu ninguém. Os amigos a acompanharam, imaginando que ainda não havia chego.
                Em sincronia, ouviram um barulho alto de turbinas. Um pequeno avião, modelo antigo, do tipo que carrega pouquíssimas pessoas, parou naquele andar, estando a poucos centímetros do teto. Uma mulher saltou de lá, animada, não percebendo que assustou a todos com a parada repentina.
                —Isso é o que eu chamo de aterrissagem! —disse, espreguiçando-se.
                A mulher era alta, de cabelos castanhos que caiam em suas costas. Usava uma roupa de piloto, vermelha, que realçava seu belo corpo e óculos de voo na cabeça. Ela precisou abaixar a cabeça para localizar os jovens, e só então pôde se dar conta da gafe que havia cometido, embora não parecesse muito abalada.
                —Onde diabos é o Ginásio? —indagou Lilly.
                —Exatamente aqui, mocinha, assim como eu sou a líder. —ela respondeu, com simplicidade. —Mas saiba que não pretendo batalhar agora.
                A treinadora fechou a cara.
                —O que? Estamos há dias esperando-a ter boa vontade. —respondeu.
                —Eu sou Amelia, a líder. —se apresentou. —Já não lhe diz respeito para saber o quão ocupada eu sou?
                —Você é a pilota a ter feito o maior trajeto aéreo de todos os tempos, e quebrou tal recorde alguns anos atrás. —observou Layla.
                —Exatamente, moça. —respondeu Amelia. —Também sou a principal pilota do aeroporto, e estou esgotada para qualquer batalha.
                —E se nos levar para um passeio, e quando voltarmos batalharmos? —sugeriu a garota.
                —Essa garota entende o que eu estou falando!
                Os cinco subiram no pequeno avião de Amelia. Apesar de estar cansada, ela parecia não se importar em pilotar novamente, como se fosse a única coisa que lhe trazia felicidade na vida monótona de líder. Blake, Helio e Debbie também estavam sempre procurando formas de sair da rotina.
                A máquina cortava os céus com seus movimentos, e era possível sentir o vento indo a favor dos mesmos. As nuvens já não eram tão distantes. Eram capazes de ver Pokémons voando pela imensidão azul, e outros aviões indo e vindo para a cidade. O silêncio apenas era quebrado pelo som das hélices, de forma que Drake tentasse amenizar o clima:
                —Você é casada? —perguntou.
                Amelia riu.
                —Imagina. Esses homens são muito tolos, só querem saber de nudez, e depois te descartam igual papel higiênico.
                —Exatamente! —disse Rachel, compreendida.
                As duas mulheres começaram a conversar a respeito dos homens de forma negativa, o que fez Drake e Sam ficarem um pouco constrangidos, por mais que nenhuma delas parecesse se importar. Layla permanecia congelada, apreciando a vista, enquanto que Lilly só queria mesmo voltar e lutar.
                —É como ver uma cópia do demônio. —sussurrou o coordenador.
                Sam virou-se para a líder:
                —Imagino que a senhorita domine os tipos Flying, não?
                —Perfeitamente. —assentiu. —Porém, como estou sempre ocupada, acabo deixando o ginásio em segundo plano.
                —Parece que você não é a única, acredite. —comentaram, se lembrando dos líderes anteriores.
                —Isso é porque os últimos treinadores antigos do continente que restaram são os últimos três membros da elite. —disse ela. —A geração nova prevalece, e nem todos nós estamos prontos para lutar por prazer. Depois de algum tempo tudo fica cansativo, pois diferente dos membros da elite, não ganhamos o suficiente para passear em cruzeiros.
                 Em Ethron os ginásios estavam quase extintos, restando apenas os oito mais conhecidos, ou talvez um ou outro, de quebra. As batalhas perdiam seu valor, pois não havia mais motivos para batalhar, não havia razões pela qual tentar vencer. Por essa razão, os líderes costumavam procurar outros afazeres, para sair da mesmice.
                —Desculpem-me pelo meu desconforto, mas os treinadores não costumam entender que também somos gente, não podemos passar o dia lutando.
                Lilly ouvia aquilo seriamente. Quando eu virar a campeã, farei as batalhas serem mais que um tédio. Elas serão um prazer para todos. Ela queria conquistar o cargo para mudar tudo, mudar a mente das pessoas e provar que poderia ser uma lenda. Mas muitas coisas ainda estavam em seu caminho.
                —Posso ver com meu pai isso, acho que ele estaria disposto a me ouvir. —consolou Drake.
                A líder olhou pelo retrovisor, fitando Drake com mais detalhes.
                —Não tinha reparado que você era o filho de Nolland. —ela sorriu.
                —Como não? Não acompanha o noticiário? —indagou ele, confuso por não o reconhecerem.
                —E as redes sociais, jornais e revistas. —disse Sam folheando um exemplar do jornal semanal que jazia em sua mochila. —Nós estamos ficando cada vez mais famosos.
                —Eu apareci? Ai que vergonha. —disse Layla.
                —Não, na última foto que tiraram você foi cortada. —ele observou, com simplicidade, apontando uma das fotos.
                Drake atraia, e muito, a atenção da mídia, o que fazia com que seus amigos também acabassem por ganhar fama. Sendo considerado a “ovelha negra da família” todos gostavam de o observar para ver longe dos Contests, onde ele já parecia ter problemas de lidar.
                Sempre seguia o caminho oposto que lhe era dado. Não queria ser uma cópia de Andrew, ser o filho que os pais sonham. Queria ser ele mesmo, queria alcançar a fama dos torneios sem precisar entrar na onda de riquinhos como Chad. Gostaria de provar que tinha competência, sem mudar.
                —Tiraram foto de mim batalhando contra o Andrew. —apontou Lilly.
                Drake quase virou seu pescoço cento e oitenta graus ao ouvir aquilo.
                —Como assim?
                —Assim o quê?
                —Andrew? Meu irmão? Ele veio pra Ethron? —questionava ele, chacoalhando a amiga.
                Lilly e Sam se fitaram, preocupados. Haviam quebrado a promessa, mas afinal, ele estava em todos os jornais. Cedo ou tarde descobririam sobre seu retorno, o retorno da lenda. Alguns estimavam que estava lá para competir na liga no fim do ano, mas eram apenas boatos. Talvez ter a chance de destronar seu pai, o único que nunca, em hipótese alguma, venceu.
                —Amelia, essa seria uma boa hora para você fazer aquele loop. —disse para a pilota, que levou a sério e fez um círculo no ar.
                —Diga que ganhou essa batalha, mocinha! Quero ver as mulheres comandando tudo! —bradou, animada.
                —Não, eu fui derrotada. —respondeu, seca. —E sim, ele está. Ele pediu para que não contássemos.
                —Layla, você é essa aqui na foto? —disse Sam, tentando quebrar o gelo.
                —Eu saí na foto? —perguntou a moça, não tão acanhada. Talvez até esperançosa.
                —Ah, não, colocaram uma caixa de texto na frente do seu rosto. —ele observou.
                Drake ignorou.
                —O que ele faz aqui? —questionou o coordenador.
                —Eu não sei. Foi ele quem depositou Pokémons em nosso Box. —respondeu.
                —Preciso falar com ele. —comentou o rapaz puxando seu Pokégear.
                —Não! Lembre-se, você não sabe que ele está aqui! —impediu a garota.
                —Moços, eu queria esvaziar a mente, mas vocês a encheram ainda mais! —resmungou Amelia. —Vamos voltar ao ginásio, Lilly, quero que você lute comigo.
                —Mesmo?
                —Isso! Precisamos de uma mulher pra mudar esse continente, e essa moça é você! —respondeu. —Quero colocá-la em prova.
                —Isso aí! Vamos nessa!

                A mulher fez meia volta e todos retornaram ao ginásio. Fazia semanas que Lilly tivera sua última batalha de ginásio, e treinara muito desde tal época. Era hora de colocar tudo o que Sam a ensinou em prática, e mostrar para Amelia que realmente estava pronta para caminhar ao futuro e realizar seu sonho.
                A mulher parou o avião exatamente no mesmo local da torre em que havia saído. Todos ficaram felizes em botar o pé no chão novamente, embora Amelia parecesse preferir mais o céu que a terra. Ela olhou nos olhos de sua adversária, lançando um sorriso desafiador, estalando os dedos.
                —Bem, meu campo de batalha é aqui, mas vou levá-la para meu lugar favorito. —concluiu. —Sigam-me.
                Ela revelou escadas que dificilmente seriam percebidas se ela não mostrasse. O grupo subiu, curioso, até chegar, enfim, ao local que Amelia planejara.
                Era um campo de batalha aparentemente normal, contudo, era o ponto mais alto da cidade. As paredes eram de vidro, de forma que fosse possível ver absolutamente tudo até onde os olhos alcançassem. Amelia pressionou um botão, fazendo com que quase tudo ficasse aberto, permitindo que o vento entrasse e simbolizasse seu ginásio. Era seu campo de batalha secreto, só usado em ocasiões especiais.
                —Uau. Dá pra ver o continente inteiro daqui. —comentou Drake.
                —Três contra três, sem limite de tempo, se vencer leva a insígnia. —disse Amelia puxando uma Pokéball com os dedos, lançando o mesmo sorriso.
                —Essa mulher gosta de ditar regras. —brincou Lilly.
                Ambas se posicionaram cada uma de um lado do campo. Os amigos sentaram-se em algumas cadeiras dispostas de forma improvisada. O vento bateu nos cabelos da líder que apenas aguardava que sua desafiante lançasse seu primeiro guerreiro.
                —Volcub, você vai ser o primeiro. —disse Lilly lançando uma de suas mais recentes capturas.
                O filhote de lobo saiu da esfera, se preparando para defender sua mestra.
                —Elétricos. —ponderou a pilota. —Esperava mais surpresas de ti, Lilly.
                A líder atirou uma Pokéball também, que ao abrir lançou um vento sombrio, e salgo em alta velocidade se moveu. Uma sombra parou pouco à frente de sua invocadora, e abriu asas escuras, que revelaram olhos chamativos e brilhantes, como lanternas. Era um Pokémon chamado Owlarn.


 

                —Ominous Wind. —pediu a moça.
                —Use o Leer, depois o Spark. —rebateu Lilly.
                A coruja bateu as asas fúnebres, lançando um vento obscuro que atingiu o elétrico. O Pokémon encarou a criatura voadora com um olhar eletrizante, e em seguida atingiu-o com o corpo faiscado. Golpes daquele tipo eram muito efetivos contra Pokémons Flying.
            —Engraçado, achei que você pudesse fazer melhor. —provocou Amelia.
                —Moça, eu não preciso dar tudo de mim pra mostrar que sou boa. —disse Lilly com uma serenidade assustadora. —Mas já que você está pedindo, Thunderbolt!
                Volcub aproveitou-se da proximidade com as nuvens para disparar um raio no adversário, que o derrotou instantaneamente. Lilly parecia muito mais tranquila que em outras ocasiões, e tal tranquilidade fazia com que seus Pokémons pudessem agir melhor. Ela evoluía.
                —Nada mal, nada mal. —respondeu a líder. —Mas agora as coisas vão esquentar, lhe garanto! Tucaneech, sua vez.
                Agora era uma criatura totalmente oposta a outra. Uma ave de penas coloridas, e que produzia sons cantados enquanto batia as asas alegres. Era como se transmitisse animação por onde passasse, e era considerado um Pokémon que, segundo mitos, espalhava alegria por onde batesse suas asas no ar.
                —Use Sing! —pediu Amelia. —Quero ver como tu reagirás agora!
                Abriu o enorme bico e soltou piados cantarolados, que praticamente fazia a todos bocejarem. Com Volcub não fora diferente, pois o filhote caíra adormecido no meio do campo. Lilly praguejou silenciosamente, mas não perdeu a calma. Sam a observava.
                —Agora, Fury Attack!
                Aproveitando uma ventania repentina, Tucaneech partiu para cima do adversário, golpeando-o com suas patas e bico, causando ferimentos consideráveis. Volcub caiu, derrotado, sendo retornado para dentro de sua Pokéball.  Lilly puxou outra esfera, olhando sutilmente para Sam.
                O rapaz estava de braços cruzados, e balançou a cabeça levemente, para mostrar que confiava em sua aprendiz. Enquanto os amigos pareciam preocupados, ele sabia que Lilly estava mantendo a situação sob controle, e depositava confiança nos resultados do combate. Amelia provocou novamente.
                —E agora que seu elétrico foi vencido? Irá chamar um tipo Ice?
                —Não será necessário. —ela respondeu, atirando a bola. —Kickaroo, sua vez.
                Esta era uma nova figura para os companheiros. Um pequeno canguru saiu, encarando as coisas à sua volta com curiosidade. Ele saltava incansavelmente no lugar, agitando as orelhas para cima e para baixo, enquanto que sua cauda não parecia cansar de se mover. Os amigos o encararam com extrema indiscrição.
                —É o Pokémon que o Andrew me deu. —explicou ela.
                —Que maneiro! Depois quero ver o qual ele deixou pra mim. —sorriu Drake.
                —Um tipo Fighting? O que você tem em mente, mocinha? —indagou Amelia, animada.
                —O elemento surpresa é a minha maior cartada. —sorriu ela. —Aura Sphere!
                O canguru concentrou-se por alguns instantes, criando uma esfera azul que parecia aprisionar uma grande energia do próprio Pokémon. Em seguida usou sua cauda para saltar, e chutá-la na direção do tucano. Como resposta, ele voltou a lançar sua canção de ninar, notando o adversário se esquivar.
                —Jump Kick, pra encerrar! —pediu Lilly.
                O novo Pokémon pegou impulso com a cauda, até chegar à altura em que Tucaneech sobrevoava. Em seguida, deu dois chutes que o derrotaram com facilidade. Apesar da desvantagem de tipos, ele parecia ter um nível elevado, e suas habilidades eram bem executadas. Aura Sphere era obtido apenas através de Egg Breeding, para aquela espécie, mostrando que Andrew escolhera alguns dos melhores Pokémons.
                —Vencida por um tipo lutador. —disse a líder, descontente. —Tudo bem, passaste pelos primeiros obstáculos, mas esta neblina só ficará mais densa! Grifferial, tua vez.
                Da última Pokéball de Amelia saiu uma criatura grande, o que não era comum para os tipo Flying. Possuía um corpo esguio de leão, com patas fortes e com garras afiadas. Um par de asas enorme estava em suas costas, e uma cabeça de águia em sua parte dianteira. Era como um grifo, um dos Pokémons mais fantásticos pertencentes aos voadores.
                —Consegue passar pelo meu majestoso último Pokémon? —perguntou a líder.
                O Pokémon tinha um olhar intimidador, e realmente era muito admirável, transmitindo realeza pelo ambiente. Lilly lançou palavras de apoio para que seu Pokémon não se sentisse incapaz de lutar, e olhou para a líder, esboçando o sorriso sapeca que a caracterizava como sempre: não como uma treinadora séria, mas sim espontânea.
                —Vamos descobrir.
                O grifo lançou uma densa neblina que cobriu todo o campo, dificultando a visão dos adversários. Kickaroo lançou outro Aura Sphere, mas não fora capaz de atingir o alvo. Prosseguiu com o ataque, cansando-se cada vez mais devido golpe que necessitava de bastante energia. Lilly tentou aconselhar o Pokémon:
                —Não tente encontrá-lo vendo, só deduza onde ele está.
                Grifferial usou Fury Attack, usando suas garras compridas para causar grandes danos. Aparentemente o Pokémon de Lilly já estava pronto para ser derrotado, mas conseguiu se levantar e usar seus ouvidos para perceber a presença deste.
                Ouviu o ar em movimento com o voo do grifo, que cortava os ares com agilidade, mas fazendo um som alto. Kickaroo saltou com a cauda, e conseguiu atingir um chute aéreo na criatura, enquanto que a neblina se dissipava.
                Ambos continuaram batalhando incansavelmente, mas era claro que ambos se cansavam. Kickaroo parecia ser muito mais disposto, e por isso aguentava firme, embora o adversário também fosse consideravelmente forte. Lilly gritou um último comando, almejando a vitória:
                –Aura Sphere.
                A mesma esfera azulada foi atirada, e desta vez não houve erro. Grifferial caiu no ar, atingindo o chão. O novo Pokémon de Lilly também desmaiou de cansaço, mas Lilly ainda tinha uma Pokéball em mãos que poderia usar, indicando uma clara vitória para ela. Todos os companheiros a aplaudiram, e Sam gesticulou um “eu sabia” com os lábios.
                –Céus… Não é que eu perdi mesmo? Meus parabéns, Lilly, admito que não aguardava tanto de ti, mas me surpreendeu! —dizia Amelia. —Merece completamente a insígnia!
                O rapaz de cabelos azuis ajeitou os óculos, um pouco tímido. Em seguida esboçou um sorriso, cumprimentando a amiga:
                —Você melhorou muito, muito mesmo.
                —Posso dizer que agora você até parece boa pra lutar comigo. —brincou Drake.
                Amelia se aproximou com o símbolo de sua derrota, um passo novo para Lilly. Agora ela tinha metade das insígnias, e precisava apenas de mais quatro para enfim poder chegar na liga,  e estar mais perto de ter seus sonhos se concretizando. Ela saltava, alegre, perdendo a pose de seriedade e mostrando quem sempre foi. Com um porém: agora era muito melhor.

                —Pessoal, amanhã iremos nos distanciar... O que acham de uma parada para tomar sorvete? —sugeriu a mesma.
                —De novo? Eu to até com dor de garganta de tanto que tomei esse troço! —resmungou o coordenador.
                Agradeceram Amelia pela batalha, mas a moça foi quem realmente  disse obrigada. Ela confiava no futuro de Lilly, e estaria disposta a torcer por esta.  A líder disse que precisava fazer algo, e se despediu dos jovens, agradecendo novamente.
                Já era noite, e o grupo rumava para a sorveteria, aproveitando os últimos momentos na cidade. Na manhã seguinte partiriam para Stylshon City, onde se separariam. É claro que o trio permaneceria unido, mas seria hora de deixarem suas companheiras ruivas. Cada um pegou seu cone de sorvete e aproveitaram a noite, que ainda assim era marcada pela barulheira do aeroporto.
                Sam puxou Layla enquanto os amigos estavam distraídos, de forma que os dois pudessem ter um pouco de privacidade. Precisavam discutir um assunto importante, e que mais ninguém poderia ouvir, por mais que soubesse do que falavam.
                —Como ficarão nossos “negócios”? —perguntou o jovem cautelosamente.
                —Nos comunicaremos quando ocorrer algo importante. —disse. —Mas creio que teremos sossego por uns tempos.
                Referiam-se ao Team Dark, e as surpresas que poderiam ocorrer. Ambos eram auxiliares de Looker, e deveriam continuar investigando a respeito dos problemas com a facção criminosa. Previam que não haveria erros, visto que os Darks pareciam calmos alguns dias atrás. Contudo, sempre há formas de se surpreender com ladrões.
                —Rachel, o que pretende? —questionou Drake.
                —Tenho que encontrar os outros descendentes. —disse. —Mas tenho um bom tempo para isso, não é?
                —Até o fim do ano. —relembrou Lilly. —Lá nos encontraremos, não?
                Rachel assentiu.
                —Nessa época também acontecerá a Liga Pokémon, não é?
                Sam e Layla já se uniam de volta com o grupo, aproveitando a quase tranquila noite. Sam ponderou o assunto, encarando o céu escurecido, enquanto comentava a respeito daquilo:
                —Tenho um calafrio quando falamos do futuro. Parece tão longe, e ao mesmo tempo tão perto. É como se eu quisesse que ele chegue logo, mas não quisesse. —ele concluiu.
                —Eu te entendo. Mas é melhor nos contermos com o presente. Ainda falta colocar muita coisa em ordem! —brincou Lilly.
                Naquele momento ouviram um som de turbinas, e quando olharam para o céu, notaram um pequeno avião cortando o céu, lançando uma fumaça por trás e escrevendo no caminho. No final das manobras, puderam ler escrito: “Você consegue, Lilly”. Era Amelia.
                —Isso mesmo, pessoal, continuemos seguindo nossas ambições! O céu é o limite! —bradou Drake, recebendo um grito positivo de seus amigos.

                

3 comentários:

CanasOminous disse...

Diga ae, Haos! Poxa, Amelia Earhart, acabei assemelhando a personagem à ela na hora que vi a imagem. Curti muito, porque na época eu também a curtia quando assisti uma Noite no Museu kk Sei lá, acho que é a atriz que a interpreta... Gostei dessa homenagem, e achei uma forma show de bola de juntar Pokémon com as coisas que você gosta, essa sempre é a chave para as nossas fanfictions, principalmente uma região fake como a sua. Ideias é o que não faltam! O cenário da batalha era show de bola, e o desenrolar dela também foi muito bacana. Gostei de ver essa melhora na Lilly, ela está começando a se tornar uma treinadora digna. O oponente era forte, mas mesmo usando vantagens e desvantagens ela conseguiu impressionar.

A única falha que encontrei foi o Aura Sphere errando seu oponente. Lembre-se que a característica desse golpe é sempre acertar seu usuário, independente do speed e da esquiva dele! Entre os três novos fakes, o que eu mais gostei foi o primeiro, o Owlarn. Flying/Ghost, hm? Esse sim conseguiria impressionar! Mas o Grifferial também ficou muito show e bem bolado, ele tem um envolvimento com todo o aspecto mitológico da pokédex que você vêm criando para Ethron, afinal, esta é a sua identidade. E por sinal, uma coisa que adoro em episódios é quando eles trazem um começo, meio e fim. O fato da Amelia ser aviadora combinou perfeitamente com a mensagem de fumaça deixada pelo avião da líder, esse foi um final de arrasar para qualquer ocasião!

Rapaz, e não escondo a felicidade em saber que os jovens voltarão a caminhar sozinhos! Gosto de equipes grandes, mas acho que de vez em quando é bom voltar às origens e ver como os personagens se comportavam quando não fica aquele movimento grande, isso nos dá melhores formas de explorar descrições e sentimentos... E que venha esse novo Arco cara, uma nova época para você e Ethron! Siga em frente meu caro, quero ver todas essas páginas do Menu atualizado e o blog novinho em folha para os novos visitantes. Se cuida ae, Haos. Um grande abraço!

Haos Cyndaquil disse...

Canas, você praticamente ressuscitou uma parte de mim quando comentou por aqui kkkk Juro, eu estava em um desânimo total para com Ethron, porque tinha que preparar muita coisa para os próximos episódios. Seus comentários caíram muito bem auehauahaeu

Enfim, nem tinha pensado na Aura Sphere, cara. Ainda preciso mesmo continuar estudando as mecânicas g_g' kk Sim, sim, Ghost/Flying. Os tipos acabam ficando bem explícitos na minha mente, então acabo esquecendo de dizer para o pessoal. Aquele esqueminha de Pokédex ficava bonito, mas dava um trabalho dos caramba pra fazer T-T

Pois é, man, agora voltando com os três protagonistas, apenas /õ/ Eu já não estava mais aguentando ter que "empurrar" diálogos para alguns personagens (as duas ruivas, que já não tinham mais o que fazer kkkkk). Agora o bom e velho trio. Valeu mesmo pela sua participação, cara, pode contar que estarei voltando na ativa e atualizando tudo. Abraços, man (:

Unknown disse...

Bom.. Não posso deixar de comentar nesse capítulo que eu estava esperando tanto. *u*
Admito que eu estava com uma BAITA duma preguiça pra vir comentar em Ethron, eu tô perdidona aqui. e.e
Nyah, eu gostava da pokédex T-T O pokémon que eu mais gostei de todos foi aquela coisinha fufinha do Kikcaroo *w* Não sei porque.. ELe me lembra ligeiramente um Emolga.... o.O
E repetindo o que o Canas disse ali em cima, um Aura Sphere sempre acertará seu oponente, mesmo se ele for o pokémon mais rápido da galáxia. ^-^
E essa badge então? Tudo de bom *w*
Tenho que aprender a manjar dos photoshop que nem você Haos T-T
Agora, a próxima parada é a cidade da moda *0* Eu não gosto muito de moda, mas quero ver o Drake com uma roupinha bem caprichada, ouviu Haos? U_U
"O céu é o limite" isso aew Drake! Para o infinito, e além! o/
Bom, encerrando meu comentário por aqui sensei-Haos, ah, falando nisso, tô precisando de um HELP na minha fanfic, tem como você me trocar um e-mail no g-mail quando ver esse comentário? Agradecendo desde já, até o próximo capítulo! \o/

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